Questão 55 - UFRRJ 2008
Votos da Companhia de Jesus, criada por Inácio Loiola em 1534:
“Que os membros consagrarão suas vidas ao constante serviço de Cristo e do Papa, lutarão sob a bandeira da Cruz e servirão ao Senhor Pontífice romano como o vigário de Deus na Terra, de tal forma que executarão imediatamente e sem vacilação ou escusa tudo o que o Pontífice reinante ou seus sucessores puderem ordenar-lhes para proveito das almas ou para propagação da fé, e assim agirão em toda província aonde forem enviados, entre turcos ou quaisquer outros infiéis, na Índia distante, assim como em região de hereges, cismáticos ou indivíduos de qualquer tipo.”
LOIOLA. I. Companhia de Jesus. In: AQUINO, R. S.L & ALVARENGA, F. J. M.
& FRANCO, D.A.& LOPES, O.G.P.L.- História Das Sociedades: Das
Sociedades Modernas às Sociedades Atuais. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico,
1990, p.87.
O texto acima apresenta os votos da Companhia de Jesus, que foi uma reação da Igreja Católica contra a
Reforma Protestante. Sobre a Contra-Reforma, é correto afirmar que promoveu
(A) o Concílio de Trento, no qual foram modificados diversos dogmas da Igreja Católica.
(B) o restabelecimento do Tribunal do Santo Ofício, que servia para julgar aqueles que defendiam a
manutenção dos dogmas católicos, contra a nova orientação da Igreja.
(C) a reorganização do Tribunal do Santo Ofício, que servia para julgar os hereges, tendo uma atuação
mais presente na Península Ibérica.
(D) a organização da Companhia de Jesus, que tinha como objetivo julgar os hereges que eram contra os
dogmas do catolicismo.
(E) o restabelecimento do Tribunal do Santo Ofício que determinou quem iria para as colônias da América para catequizar os índios.
RESPOSTA CORRETA (C) !!!!
QUESTÃO QUESTIONÁVEL !!!!!!!!!
EXPLICAÇÃO:
LETRA A – CONCÍLIO DE TRENTO
O Concílio de Trento, realizado de 1545 a 1563, foi o 19º concílio ecuménico. É considerado um dos três concílios fundamentais na Igreja Católica[1]. Foi convocado pelo Papa Paulo III para assegurar a unidade da fé (sagrada escritura histórica) e a disciplina eclesiástica, no contexto da Reforma da Igreja Católica e a reação à divisão então vivida na Europa devido à Reforma Protestante, razão pela qual é denominado como Concílio da Contra-Reforma.
[editar] História
Foi o mais longo concílio da história da Igreja. Emitiu numerosos decretos disciplinares e especificou claramente as doutrinas católicas quanto à salvação, os sacramentos e o cânone bíblico, em oposição ao protestantismo. Unificou o ritual da missa, abolindo as variações locais, instituindo a chamada "Missa Tridentina" (referência à cidade de Trento, onde o concílio transcorreu). Regulou as obrigações dos bispos. Confirmou a presença de Cristo na Eucaristia. Foram criados seminários como centros de formação sacerdotal e reconheceu-se a superioridade do papa sobre a assembléia conciliar. Foi instituído o índice de livros proibidos (o "Index Librorum Prohibitorum") e reorganizada Inquisição.
TRIBUNAL DO SANTO OFÍCIO
Inquisição
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Galileu sendo confrontado, oficialmente, pelos representantes da Inquisição.
Inquisição (é um termo que deriva do ato judicial de inquirir, o que se traduz e significa perguntar, averiguar, pesquisar, interrogar etc.) ou Tribunal da Inquisição ou Santa Inquisição (dentre outros nomes) foi um tribunal cristão utilizado para averiguar heresia, feitiçaria, bigamia, sodomia e apostasia. O culpado era muitas vezes acusado por causar uma "crise da fé", pestes, terremotos, doenças e miséria social[1], o acusado era entregue às autoridades do Estado, que o puniriam, as penas variam desde confisco de bens, perda de liberdade, até a pena de morte (muitas vezes na fogueira, método que se tornou famoso, embora existissem outras formas de aplicar a pena de morte).
A Inquisição foi criada inicialmente pela Igreja Católica, sob o nome do latim Inquisitio Haereticæ Pravitatis Sanctum Officium para combater o sincretismo entre alguns grupos católicos, que praticavam a adoração de plantas e animais e utilizavam mancias.[2] Os tribunais da inquisição não eram permanentes, sendo instalados quando surgia alguma heresia e eram depois desfeitos. Posteriormente tribunais religiosos e outros métodos judiciários de combate à heresia seriam utilizados pelas igrejas protestantes[3] (como por exemplo, na Alemanha e Inglaterra[4]). O delator que apontava o "herege" para a comunidade, muitas vezes garantia sua fé e status perante a sociedade.[5] A caça às bruxas não foi perpetrada pela inquisição, mais sim por Estados e tribunais civis independentes sem reais ligações com a inquisição.
A Inquisição é confundida com "Tribunal do Santo Ofício", porém o segundo é uma entidade que tem por função fazer inquisições. Ao contrário do que é comum pensar, o "tribunal do Santo Ofício" é uma entidade jurídica e não tinha forma de executar penas. O resultado da inquisição, feita a um réu, era entregue ao poder régio. Este tribunal era muito comum na Europa a pedido dos poderes régios, pois queriam evitar condenações por mão popular. Diz Oliveira Marques em «História de Portugal», tomo I, página 393: «(...) A inquisição surge como uma instituição muito complexa, com objetivos ideológicos, econômicos e sociais, consciente e inconscientemente expressos. “A sua atividade, rigor e coerência variavam consoante a época.»
CAMPANHIA DE JESUS
A Companhia de Jesus (em latim: Societas Iesu, S. J.), cujos membros são conhecidos como jesuítas, é uma ordem religiosa fundada em 1534 por um grupo de estudantes da Universidade de Paris, liderados pelo basco Íñigo López de Loyola, conhecido posteriormente como Inácio de Loyola. É hoje conhecida principalmente por seu trabalho missionário e educacional.
Questão - 56 - UFRRJ – 2008
“A produção se destinava fundamentalmente ao consumo da família, mas, ao mesmo tempo, essa família estava obrigada a entregar ao mocambo, como comunidade, um excedente depositado em paiol situado no centro da cidadela. O excedente se destinava ao sustento dos produtores não diretos e aos improdutivos em geral: chefes guerreiros, prestadores de serviço,
crianças, velhos, doentes. Produzia-se, ainda, um excedente dedicado a acudir emergências, como secas, pragas, ataques externos.”
FREITAS, Décio. Palmares, a guerra dos escravos.
Porto Alegre: Mercado Aberto, 1984, p. 37.
A leitura do fragmento acima permite-nos compreender a gênese da organização produtiva de
alimentos no Quilombo dos Palmares, que ainda caracteriza diversas comunidades remanescentes de quilombos e que pode ser resumida em produção.
(A) comunitária, com arrecadação e administração do uso de excedentes.
(B) comunitária, sem preocupação com a administração de excedentes.
(C) comunitária de baixo rendimento, o que não permitia a produção de excedentes.
(D) em larga escala, de poucos produtos para o comércio em localidades próximas.
(E) de produtos variados por todos os integrantes do quilombo, não havendo preocupação em controlar excedentes
LETRA CORRETA (A)
Questão 57 – UFRRJ - 2008
“[...] A Revolução Francesa dominou a história, a própria linguagem e o simbolismo da política ocidental
desde sua irrupção até o período que se seguiu à Primeira Guerra Mundial.”
HOBSBAWN, Eric J. A era das revoluções: 1789 – 1848. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 10.ª edição, 1997.
Leia as sentenças abaixo.
I – Os processos de independência da América Latina sofreram forte influência da Revolução Francesa,
destacando-se as críticas ao Antigo Regime e especialmente ao mercantilismo.
II – O primeiro país da América a tornar-se independente, os Estados Unidos, também se inspirou, em 1776, nos ideais da Revolução Francesa para romper com
a metrópole inglesa.
III – No Haiti, os escravos da mais próspera colônia francesa da América lideraram, sob inspiração dos
ideais da Revolução, o processo de independência, que se concretizou em 1804.
IV - Os ideais revolucionários de liberdade, igualdade e fraternidade, mesmo tendo sido plenamente
alcançados à época da Revolução, se perderam com o tempo e voltam a ser bandeira de muitos
movimentos sociais atualmente. Marque a alternativa que contenha as assertivas que
ajudam a compreender as repercussões da Revolução Francesa.
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) I e III.
(D) II e IV.
(E) II e III.
LETRA CORRETA (C)!
EXPLICAÇÃO:
I. Além das críticas ao antigo regime e especialmente ao mercantilismo. A Revolução enfraqueceu os Estados Monarcas com invasões Napoleônicas como na FRANÇA e PORTUGAL.
II. Revolução Francesa era o nome dado ao conjunto de acontecimentos que, entre 5 de Maio de 1789 e 9 de Novembro de 1799, alteraram o quadro político e social da França. Em causa estavam o Antigo Regime (Ancien Régime) e a autoridade do clero e da nobreza. Foi influenciada pelos ideais do Iluminismo e da Independência Americana (1776). Está entre as maiores revoluções da história da humanidade.
A Revolução é considerada como o acontecimento que deu início à Idade Contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais e proclamou os princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" (Liberté, Egalité, Fraternité), frase de autoria de Jean-Jacques Rousseau. Para a França, abriu-se em 1789 o longo período de convulsões políticas do século XIX, fazendo-a passar por várias repúblicas, uma ditadura, uma monarquia constitucional e dois impérios
III. A Independência do Haiti foi conquistada no século XVIII. O Haiti (São Domingos), colônia francesa do Caribe, era o maior produtor mundial de açúcar. Essa rica colônia também exportava rum (bebida alcoólica feita de caldo de cana) e algodão. Tudo baseado na plantation escravista.
Os escravos africanos eram submetidos a uma exploração desmedida. O trabalho era muito exaustivo e os castigos não paravam. Tudo isso foi alimentando o espírito de revolta. A Revolução Francesa de 1789 estimulou a rebelião. Em 1791, um negro chamado Toussaint l'Ouverture liderou a mais gigantesca revolta de escravos da História das Américas. Brilhante general, ele comandou um exército de milhares de homens.
Em 1794, os revolucionários franceses jacobinos decretaram a abolição da escravatura nas colônias. Mas em 1802, as tropas napoleônicas desembarcaram na ilha e provocaram um banho de sangue. Louverture foi preso e levado para a França, onde morreu.
Toda a repressão não foi suficiente. Em 1804, o Haiti conquistava a independência e a abolição da escravatura. Mas o preço tinha sido muito alto. A economia estava arrasada e até hoje o país é um dos mais pobres do mundo.
O Haiti foi o primeiro país latino-americano a declarar-se independente. Negros e mulatos se unem sob a liderança de Toussaint L'Ouverture e, mais tarde, do ex-escravo Jean-Jacques Dessalines e combateram as tropas francesas até a proclamação em 1 de janeiro de 1804. Dois anos depois Dessalines é deposto e morto e o país tem o controle dividido entre Henri Christophe, ao norte, e Alexandre Pétion, ao sul. A unificação do país só acontece em 1820 sob o governo de Jean-Pierre Boyer.
O período mais sombrio na história do Haiti iniciou-se em 1957 com a ditadura de François Duvalier (o Papa Doc). O regime montou um aparato de repressão militar que perseguiu seus opositores, torturando-os e assassinando muitos deles. A repressão era encabeçada pela milícia secreta dos tontons macoutes, cuja tradução é "bichos papões". O Papa Doc foi assassinado em 1971. Seu filho Jean Claude Duvalier, o baby doc, deu continuidade ao regime de terror imposto pelo pai, governando até 1986, quando foi deposto por um golpe comandado pelos militares, que assumiram o poder, sucedendo-se no governo por vários anos. A esperança de redemocratização surgiu em 1990, quando ocorreram eleições livres e a população elegeu o padre Jean-Bertrand Aristide para presidente da república.
CURIOSIDADE SOBRE O TEMA:
Como já foi dito anteriormente, a Revolução Francesa incentivou a emancipação do Haiti, isso porque o ideal de: " Liberdade, igualdade e fraternidade " lema da revolução não incluia os habitantes que viviam nas colônias francesas como o Haiti, por exemplo, fato que manifestou as primeiras reações populares, e em uma consequente independência, que dentre outras consequencias aboliu da ilha a escravidão, fator que também influenciou a libertação dos nossos escravos aqui no Brasil, acontecendo oficialmente com a decretação da Lei Áurea.
Questão 58 - UFRRJ - 2008
Desenho de César Lobo. Extraído de LOBO, César & NOVAES, Carlos
Eduardo. História do Brasil Para Principiantes:500 anos de idas e
vindas. 4ª edição. São Paulo: Ática, 2004, p.133.
O desenho acima é uma representação das relações comerciais do Brasil no início do século XIX. A grande quantidade de produtos ingleses no mercado brasileiro, no início do século XIX, está relacionada
(A) à Tarifa Alves Branco, que diminuiu as taxas alfandegárias aos produtos importados.
(B) à preferência dos consumidores pelos produtos ingleses.
(C) ao fato de Portugal estar em guerra com a França, diminuindo assim sua produção industrial.
(D) à proibição de abertura de estabelecimentos industriais no Brasil após 1822.
(E) às tarifas alfandegárias preferenciais aos produtos ingleses.
RESPOSTA CORRETA LETRA (E) !!!!!!!!!!!!!
EXPLICAÇÃO:
A transferência da corte portuguesa para o Brasil foi o episódio da história de Portugal e da história do Brasil em que a Família Real Portuguesa e a sua Corte (inicialmente 15 mil pessoas) se radicaram no Brasil, entre 1808 e 1820.
A capital do reino de Portugal foi estabelecida na capital do Estado do Brasil, a cidade do Rio de Janeiro, registrando-se o que alguns historiadores denominam de "inversão metropolitana", ou seja, da antiga colónia passou a ser exercida a governação do império português.
A viagem e a chegada à Bahia
Carta Régia declarando a abertura dos portos às nações amigas.
Após a partida, os navios da esquadra portuguesa, escoltados pelos ingleses, dispersaram-se devida a uma forte tempestade. Em 5 de dezembro conseguiram se reagrupar e logo depois, em 11 de dezembro, a frota avistou a ilha da Madeira.
As embarcações chegaram à costa da Bahia a 18 de janeiro de 1808 e, no dia 22, os habitantes de Salvador já puderam avistar os navios da esquadra. Às quatro horas da tarde do dia 22, após os navios estarem fundeados, o conde da Ponte (governador da capitania da Bahia à época) foi a bordo do navio Príncipe Real. No dia seguinte, fizeram o mesmo os membros da Câmara.
A comitiva real só desembarcou às cinco horas da tarde do dia 24, em uma grande solenidade.
Aqui em Salvador foi assinado o Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas.
O Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas foi uma carta régia promulgada pelo príncipe regente Dom João de Portugal no dia 28 de Janeiro de 1808, em Salvador, na Capitania da Baía de Todos os Santos, no contexto da Guerra Peninsular. Foi a primeira Carta Régia promulgada pelo Príncipe Regente no Brasil, o que se deu apenas quatro dias após sua chegada, com a Família Real, em 24 de Janeiro de 1808.
Por esse diploma era autorizada a abertura dos portos do Brasil ao comércio com as nações amigas de Portugal, do que se beneficiou largamente o comércio britânico. Foi a primeira experiência liberal do mundo após a Revolução Industrial. Além disso, o decreto pôs fim ao monopólio português no Brasil fixando-se simultaneamente 24% "ad vorem" os direitos alfandegários sobre as importações
O decreto acabou com o Pacto Colonial, que estabelecia o monopólio de comércio do Brasil com Portugal.
Assim França entra em crise financeira com a morte de Napoleão
A chegada ao Rio de Janeiro
A esquadra partiu de Salvador rumo ao Rio de Janeiro, onde chegou no dia 8 de março, desembarcando no cais do Largo do Paço (atual Praça XV de Novembro).
Os membros da Família Real foram alojados em três prédios no centro da cidade, entre eles o paço do vice-rei Marcos de Noronha e Brito, conde dos Arcos, e o convento das Carmelitas. Os demais agregados espalharam-se pela cidade, em residências confiscadas à população assinaladas com as iniciais "P.R." ("Príncipe-Regente"), o que deu origem ao trocadilho "Ponha-se na Rua", ou "Prédio Roubado" como os mais irônicos diziam à época.
Em outra medida tomada logo após a chegada da corte ao Brasil, declarou-se guerra à França, e foi ocupada a Guiana Francesa em 1809.
Em abril de 1808, o Príncipe Regente decretou a suspensão do alvará de 1785, que proibia a criação de indústrias no Brasil. Ficavam, assim, autorizadas as atividades em território colonial. A medida permitiu a instalação, em 1811, de duas fábricas de ferro, em São Paulo e em Minas Gerais. Mas o sopro de desenvolvimento parou por aí, pois a presença de artigos ingleses bem elaborados e a preços relativamente acessíveis bloqueava a produção de similares em território brasileiro. A eficácia da medida seria anulada pela assinatura dos Tratados de 1810: o Tratado de Aliança e Amizade e o Tratado de Comércio e Navegação. Por este último, o governo português concedia aos produtos ingleses uma tarifa preferencial de 15%, ao passo que a que incidia sobre os artigos provenientes de Portugal era de 16% e a dos demais países amigos, 24%. Na prática, findava o pacto colonial.
Em 1810, D.João VI assinou vários tratados com a Inglaterra, sendo o mais importante deles o Tratado de Comércio e Navegação, que estabelecia uma taxa de apenas 15% sobre a importação de produtos ingleses. Para avaliar o significado dessa medida, basta lembrar que a taxa de importação de produtos portugueses era de 16% e a de produtos de outras nações de 24%. Com esse tratado os ingleses praticamente eliminavam a concorrência no mercado brasileiro, dominando-o por completo. Navios de guerra ingleses podiam atracar em portos brasileiros. Súditos ingleses tinham direito á tribunais especiais.
O Tratato de Aliança e Amizade, Comércio e Navegação aconteceu em 1810 e demonstrava o domínio da Inglaterra sobre Portugal com:
• Tarifas alfandegárias especiais para os ingleses (15% sobre seu valor, 16% sobre seu valor para Portugal, 24% sobre seu valor para outros países).
• Porto livre de Santa Catarina para a Inglaterra.
• Portugal comprometeu-se a acabar com o tráfico de escravos - isso era importante para os ingleses pois assim, existiria o trabalho assalariado e seu mercado consumidor aumentaria.
• Direito de extraterritorialidade: cidadãos ingleses no império português só poderiam ser julgados por leis, juízes e tribunais ingleses.
Tantas medidas que preferenciavam os ingleses fizeram os portugueses e brasileiros se revoltarem mais ainda com o governo de D. João VI, que levou às revoltas que ocorreram mais tarde.
QUESTÃO 59 – UFRRJ – 2008
“Em 1876, o rei Leopoldo II, da Bélgica, apoderou-se do território do Rio Congo, aproximadamente dez vezes maior do que seu país. [...] A partir daí teve início um violento processo de exploração da região. O Congo foi dividido em postos chefiados por funcionários civis ou militares, que obrigavam a população − homens, mulheres e crianças − a pagar impostos em produtos ou com trabalho.[...]”
MOTA, M. Becho & BRICK, P. Ramos - História das cavernas ao Terceiro
Milênio: Séculos XVIII e XIX: as fundações do mundo Contemporâneo.
SP: Moderna. 2006. p 164.
O texto apresenta informações sobre a penetração européia na África. Assinale a alternativa que indica os motivos dessa dominação.
(A) Aumento significativo de manufaturas internas e a aplicação do capital estrangeiro.
(B) Crescimento da renda per capita das colônias e o empobrecimento das potências européias.
(C) Aumento do interesse em exportar mão-de-obra para as indústrias européias.
(D) Aumento da necessidade das potências européias de exportar capitais e importar matérias-primas.
(E) Aumento de áreas coloniais para a Bélgica, como Sudão, Rodésia, Somália e África Ocidental, além
da área do Congo.
RESPOSTA CORRETA LETRA (D)
Como exemplos podemos citar outros países como Inglaterra e a França. A França que mesmo com sua Revolução que lutava por liberdade, igualdade e fraternidade. Não aceita perder sua colônia no HIATI que passava por uma Revolução, para conseguir a liberdade!
QUESTÃO 60 - UFRRJ - 2008
Avenida Rio Branco 1905 , Foto: João Martins Torres
Avenida Rio Branco – 1912
Anônimo
As fotos acima mostram a Avenida Central, atual Rio Branco, em dois momentos distintos de sua história: o ano de 1905, em sua inauguração, e o de 1912, quando foi rebatizada em homenagem ao Barão do Rio Branco, falecido no mesmo ano. A grande avenida, que rasgou o centro da cidade do Rio de Janeiro, tornou-se o símbolo maior de um amplo processo de reformulação urbana da capital da República. Esse processo, iniciado no começo do século XX, teve por objetivos principais:
I – alterar o cotidiano da população, obrigando-a a fixar residência nas proximidades do centro, minimizando, assim, os investimentos públicos em transporte de massa.
II – modernizar a cidade, a partir de padrões urbanísticos europeus, melhorando a imagem do Brasil tanto interna, quanto externamente.
III – melhorar as condições de higiene pública com o intuito de combater doenças como a peste bubônica, a febre amarela e a varíola.
IV – reorganizar o espaço de forma que o poder público tivesse maior controle sobre a sociedade e os
movimentos de reivindicação popular.
V – ratificar a posição do Rio de Janeiro de principal metrópole da América, tanto quanto a imagem do
Brasil como a economia mais dinâmica do continente. Das sentenças acima, estão corretas:
(A) I, II e III.
(B) I, III e IV.
(C) I, IV e V.
(D) II, III e IV.
(E) II, III e V.
RESPOSTA CORRETA LETRA (D)
O Rio de Janeiro dos primeiros anos da República ainda conservava grande parte da sua malha urbana colonial, que a esta altura parecia ultrapassada e anacrônica tanto em termos arquitetônicos quanto urbanísticos. Além disso, o velho centro colonial da cidade era superpovoado e propenso a doenças, como a febre amarela e a varíola. Nesse contexto se encaixa a abertura da avenida Central, parte de um grande programa de modernização do Rio de Janeiro seguindo cânones europeus urbanísticos e sanitários.
O responsável pelas reformas foi o engenheiro Francisco Pereira Passos, designado governador do Rio de Janeiro (Distrito Federal) pelo presidente Rodrigues Alves em 1902. As obras iniciaram-se em março de 1904 com a demolição de 641 casas, desalojando quase 3.900 pessoas. Após seis meses de trabalho estava aberta de ponta a ponta.
Ao mesmo tempo, abriu-se a avenida do Mangue, arrasou-se o Morro do Senado, alargaram-se ruas do Centro, urbanizou-se parte da orla da Baía de Guanabara e iniciou-se a urbanização de Copacabana, entre outras reformas. Ao final do governo de Pereira Passos, em 1906, a cidade já tinha cara nova.
Questão 61 – UFRRJ - 2008
Leia o texto a seguir:
“ Tenho uma história para contar a ´Aventuras na História´sobre a minha família (...) Quando adolescente, soube que um tio meu, José Rodrigues Teixeira, tinha ido em 1945 para o Rio de Janeiro, no intuito de se alistar à FEB (Força Expedicionária Brasileira). No entanto, ele adoeceu e teve que voltar pra Salvador.
Logo depois, a guerra acabou e no mesmo ano ele foi para a reserva. Em 2005, 60 anos depois, tia Elza (irmã do meu tio e de minha mãe) enviou para a minha mãe o documento original de dispensa (...) Dias depois, cheguei em casa e vi a fotografia em um porta-retrato na estante. Gelei. Minha mãe tinha tirado a foto, desprezando um documento de 60 anos, que foi para a lixeira(...) Expliquei que eu poderia mostrar aos meus filhos e netos, mas só lamentação(...) Sem as referências do passado, como pensar o futuro? “Fábio Rodrigues de Oliveira, 32 anos, é contador e vive em Salvador (BA).
Leitor na História. Disponível em
FONTE: www.historia.abril.ig.com.br
Assim como José Rodrigues Teixeira, vários “anônimos” contribuíram para a participação do Brasil na II Guerra Mundial. Sobre a participação do Brasil na II Guerra Mundial, pode-se afirmar que:
(A) o Brasil foi lutar ao lado das potências do Eixo, pois Getúlio Vargas era um simpatizante do nazi-fascismo.
(B) a participação do Brasil foi muito tímida: nem chegou a enviar tropas para o conflito, contribuindo apenas com alimentos para as potências do Eixo.
(C) a participação do Brasil ao lado dos Aliados foi uma recompensa pelo apoio dos americanos à construção da Petrobrás.
(D) o Brasil declara guerra ao Eixo após o afundamento de navios brasileiros por submarinos alemães.
(E) o governo de Getúlio Vargas, após o fim da II Guerra, ficou fortalecido, devido às vitórias brasileiras no confronto.
RESPOSTA CORRETA LETRA (D)
Embora estivesse sendo comandado por um regime ditatorial simpático ao modelo fascista (o Estado novo getulista), o Brasil acabou participando da Guerra junto aos Aliados. Isto porque, muito antes que a pressão popular se fizesse sentir em 1942, devido à partir de Fevereiro de 1942, submarinos alemães e italianos terem iniciado o torpedeamento de embarcações brasileiras no oceano Atlântico em represália, segundo relatado nos diários de Goebbels, à adesão por parte do Brasil aos compromissos da Carta do Atlântico (que previa o alinhamento automático ao lado de qualquer nação do continente americano que fosse atacada por uma potênica extra-continental); de fundamental importância para que o governo brasileiro paulatinamente se alinhasse com os EUA e consequentemente a causa aliada à partir de Pearl Harbor, igual e respectivamente foram: as tentativas veladas de ingerência nos assuntos internos brasileiros por parte da Alemanha e Itália, especialmente à partir da implantação do Estado Novo; a progressiva impossibilidade à partir do final de 1940 de manter relações comerciais estáveis e efetivas com estes países devido a pressão naval britânica e posteriormente americana exercida contra os mesmos e a chamada política de boa vizinhança levada a cabo pelo então presidente Roosevelt, que entre outros incentivos econômicos e comerciais financiou a construção de uma gigantesca siderúrgica, a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional)[5][6][7].
Também, durante o ano de 1942, em meio a incentivos econômicos e pressão diplomática, os americanos instalaram bases aero-navais ao longo da costa Norte-Nordeste brasileira, sendo a base militar no município de Parnamirim, vizinho a capital Natal, no estado do Rio Grande do Norte, a principal dentre estas. Bases às quais os militares brasileiros tinham acesso restrito e controlado. Tendo sido a de Parnamirim de especial importância para o esforço de guerra aliado antes do desembarque de tropas Anglo-Americanas no Norte da Africa em novembro de 1942 na Operação Tocha.
Complexo de bases esse que foi popularmente apelidado na época de "Trampolim da Vitória", devido à importante contribuição tática proporcionada para a frente norte africana. À partir da estabilização da frente italiana em fins de 1943 e do enfraquecimento da campanha submarina alemã, as bases americanas em solo brasileiro foram sendo progressivamente desativadas ao longo de 1944-45, embora na da ilha de Fernando de Noronha os americanos tenham permanecido até 1960.[8].
Somente devido à pressão popular é que se deveu a declaração de guerra à Alemanha nazista e à Itália fascista em agosto de 1942, após meses de torpedeamento de navios mercantes brasileiros. Assim como a existência da Força Expedicionária Brasileira, que teve sua formação inicialmente protelada por um ano após a declaração de guerra e seu envio ao front iniciado somente em julho de 1944, quase 2 anos após a declaração e mesmo assim tendo enviado cerca de 25 000 homens de um total inicial previsto de 100 000.
Mesmo com problemas na preparação e no envio, já na Itália, treinada e equipada pelos americanos, a FEB cumpriu as principais missões que lhe foram atribuídas pelo comando aliado. No entanto, mal terminada a guerra, temendo uma possível capitalização política da vitória aliada por membros da FEB, dada a contribuição desta à mesma, mesmo que modesta, decidiu o governo brasileiro desmobilizá-la oficialmente ainda em solo italiano[9]. A seus membros, no retorno ao país, foram impostas restrições, os veteranos não militares (que deram baixa ao retornar) foram proibidos de utilizar em público condecorações ou peças do vestuário expedicionário, enquanto os (veteranos militares) profissionais foram transferidos para regiões de fronteira ou distantes dos grandes centros[10].
No entanto, a participação do Brasil na guerra e a forma como a mesma se desenrolou contribuíram decisivamente para o fim do regime do Estado Novo, como já sinalizava o Manifesto dos Mineiros em 1943.
Assim, embora mais vigorosa que a participação na Primeira Guerra Mundial, considerando o jogo político e diplomático travado entre americanos e alemães pelo apoio brasileiro e os números da real contribuição tática e estratégica que o país proporcionou comparados aos de outros países aliados (a FEB, por exemplo, era apenas uma entre 20 divisões aliadas na Itália, tendo atuado num setor, embora relativamente importante, secundário no front italiano, num momento em que este mesmo front tinha se tornado de menor importância para ambos os lados); a modesta participação brasileira na Segunda Guerra pode no geral ser equiparada à do Japão na Primeira Guerra Mundial. Se de um lado, em termos numéricos e táticos os brasileiros tiveram no segundo conflito mundial uma participação maior na causa aliada que os japoneses 3 décadas antes, por outro lado os nipônicos, entre as décadas de 1920 e '30, souberam capitalizar melhor política e estrategicamente a nível internacional sua participação no conflito de 1914-18
FONTE: pt.wikipedia.org
QUESTÃO 62 – UFRRJ - 2008
“O período que se estende entre o final da II Guerra Mundial e os nossos dias presenciou um dos
fenômenos político-sociais mais importantes da História Contemporânea: a liquidação dos impérios coloniais inglês, francês, holandês, belga e português, constituídos ao longo do séc. XIX. Emergiam, assim, após uma fase mais ou menos prolongada de dominação européia, os novos países da Ásia e da África que passaram a integrar a comunidade internacional das nações independentes.”
LINHARES, M. Yedda - A luta contra a metrópole. São Paulo: Brasilense, 1986. p. 7.
Sobre fatores que contribuíram para a descolonização da Ásia e África, é correto afirmar que
(A) inexistia um sentimento nacionalista na Ásia e na África, facilitando o neocolonialismo imposto pelos
países do bloco capitalista.
(B) se formou uma elite colonial que soube explorar o enfraquecimento das potências européias envolvidas em rivalidades e guerras.
(C) havia uma elite política que se uniu à Frente para Libertação, com liderança da África do Sul, com o
objetivo de expulsar os estrangeiros.
(D) surgiram grupos políticos que promoveram uma reforma agrária, o que desequilibrou as elites
agrárias que estavam no poder.
(E) os países capitalistas emprestaram grandes somas de dinheiro aos novos países, que acabaram
preparando-se para as lutas coloniais.
Se por um lado a conjuntura internacional é favorável ao processo de descolonização, tendo em vista que as duas superpotências apoiavam os processos de emancipação dos povos colonizados – a URSS defendendo o princípio de que o imperialismo e o colonialismo eram uma forma de exploração do homem pelo homem e os EUA baseando-se na sua tradição histórica; a ONU, em 1960, aprova a Resolução 1514 que consagra o direito à autodeterminação dos territórios dominados e condena os países que reprimem os movimentos independentistas; a opinião pública das metrópoles começa a solidarizar-se com a causa da independência, também devido ao desgaste provocado pelas guerras coloniais.
FONTE: jusvi.com
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