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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Questões Resolvidas - CEDERJ - 2008.2


RESPOSTA CORRETA LETRA (E)

CLICK E LEIA SOBRE COLONIZAÇÃO AFRICANA
pt.wikipedia.org (COLONIZAÇÃO ÁFRICANA)
A RECENTE COLONIZAÇÃO NA ÁFRICA
Pode dizer-se que a colonização recente da África iniciou-se com os descobrimentos e com a ocupação das Ilhas Canárias pelos portugueses, no princípio do século XIV.
Processo de ocupação territorial, exploração econômica e domínio político do continente africano por potências europeias. Tem início no século XV e estende-se até a metade do século XX. Ligada à expansão marítima europeia, a primeira fase do colonialismo africano surge da necessidade de encontrar rotas alternativas para o Oriente e novos mercados produtores e consumidores.
No século XIV, exploradores europeus chegaram a África. Através de trocas com alguns chefes locais, os europeus foram capazes de capturar milhões de africanos e de os exportar para vários pontos do mundo naquilo que ficou conhecido como a escravidão.
No princípio do século XIX, com a expansão do capitalismo industrial, começa o neocolonialismo no continente africano. As potências europeias desenvolveram uma "corrida à África" massiva e ocuparam a maior parte do continente, criando muitas colônias. Entre outras características, é marcado pelo aparecimento de novas potências concorrentes, como a Alemanha, a Bélgica e a Itália.
A partir de 1880, a competição entre as metrópoles pelo domínio dos territórios africanos intensifica-se. A partilha da África tem início, de fato, com a Conferência de Berlim (1884), que institui normas para a ocupação, onde as potências coloniais negociaram a divisão da África, propuseram para não invadirem áreas ocupadas por outras potências. Os únicos países africanos que não foram colônias foram a Etiópia (que apenas foi brevemente invadida pela Itália, durante a Segunda Guerra Mundial) e a Libéria, que tinha sido recentemente formada por escravos libertos dos Estados Unidos da América. No início da Primeira Guerra Mundial, 90% das terras já estavam sob domínio da Europa. A partilha é feita de maneira arbitrária, não respeitando as características étnicas e culturais de cada povo, o que contribui para muitos dos conflitos atuais no continente africano, tribos aliadas foram separadas e tribos inimigas foram unidas. No fim do século XIX, início do XX, muitos países europeus foram até a África em busca das riquezas presentes no continente. Esses países dominaram as regiões de seu interesse e entraram em acordo para dividir o continente. Porém os europeus não cuidaram com a divisão correta das tribos africanas, gerando assim muitas guerras internas. Os seguintes países dividiram a África e "formaram" países africanos existentes ainda hoje.
A colonização portuguesa
A colonização portuguesa de África foi o resultado dos descobrimentos e começou com a ocupação das Ilhas Canárias ainda no princípio do século XIV. A primeira ocupação violenta dos portugueses em África foi a conquista de Ceuta em 1415. Mas a verdadeira "descoberta" de África iniciou-se um pouco mais tarde, mas ainda no século XV.
Em 1444, Dinis Dias descobre Cabo Verde e segue-se a ocupação das ilhas ainda no século XV, povoamento este que se prolongou até ao século XIX.
Durante a segunda metade do século XV os portugueses foram estabelecendo feitorias nos portos do litoral oeste africano. No virar do século, Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança, abrindo as portas para a colonização da costa oriental da África pelos europeus.
A partir de meados do século XVI, os ingleses, os franceses e os holandeses expulsam os portugueses das melhores zonas costeiras para o comércio de escravos. Portugal e Espanha conservam antigas colônias. Os portugueses continuam com Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Angola e Moçambique.

A organização do continente africano sob o domínio europeu
O processo de dominação europeia na África teve início no século XV como consequência da expansão marítimo-comercial dos países europeus. Como a África se localiza no trajeto dos navios que iam da Europa para a Ásia, os europeus estabeleceram na sua sua costa postos de comércio de mercadorias. Os europeus trocavam especiarias trazidas das Índias por ouro, pedras preciosas, madeiras (como o ébano e o caucho) e até mesmo por prisioneiros de grupos inimigos. Esta fase de troca de mercadorias durou até o século XIX, quando os países da Europa, que estavam passando por um extraordinário processo de desenvolvimento econômico provocado pela Segunda Revolução Industrial, precisavam de matéria-prima e de mercado consumidor para seus produtos e, por isso, disputaram territórios na África e na Ásia. Assim, a África foi explorada e dividida entre as nações europeias mais poderosas na época (Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Portugal e Reino Unido).
Esse processo de dominação não ocorreu pacífica nem definitivamente. As nações europeias, com o objetivo de ampliar seus domínios, instigavam disputas entre as etnias e os diferentes territórios dominados. Como as disputas pelo território africano se intensificavam, as mais poderosas nações europeias reuniram-se, em 1884, na Conferência de Berlim (1884-1885), com o objetivo de regulamentar a ocupação da África. Ao final desta conferência, o continente africano foi dividido entre as potências europeias sem respeitar as diferenças culturais de cada povo dominado. Assim, povos de uma mesma etnia ficaram divididos e povos rivais passaram a conviver sob um mesmo domínio, sendo obrigados a assumirem a cultura dos colonizadores sem terem os mesmos direitos que eles. Essa partilha sem respeitar as diferenças étnicas gerou conflitos que duram até os dias atuais. Até 1913, a África tinha a maior parte de suas unidades políticas dominadas por europeus. Apenas a Abissínia (atual Etiópia), que conseguiu expulsar os italianos, a Libéria, que foi alvo investida dos EUA, mantiveram-se independentes.
Somente ao final da Segunda Guerra Mundial começaram a ocorrer na África movimentos pela independência, pois a Europa estava destruída e enfraquecida pela guerra. Entretanto, surgiram duas novas grandes potências mundiais: os Estados Unidos da América (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Assim, mal a África deixou de ser dominada pelos países europeus e já foi alvo de disputa entre EUA e URSS, que se encontravam em plena Guerra Fria (1945-1989). Muitos dos movimentos pela independência contaram com o apoio militar da URSS, que pretendia expandior seus territórios e, consequentemente, instalar o regime político instalado no seu país (socialismo). Em virtude disso, os EUA negociaram com a Europa a independência de outros países, desde que eles se propusessem a instalar o regime capitalista. Dessa forma, ao terminar a Segunda Guerra, a África passou por um processo de descolonização. Contudo, a independência política não garantiu desenvolvimento econômico, pois até mesmo alguns dos países africanos com médio IDH ainda dependem da exportação de produtos agrícolas cultivados no sistema de plantation e seus recursos minerais são explorados por empresas transnacionais. O continente contribui atualmente com menos de 2% do PIB mundial e metade de sua população vive abaixo da linha de pobreza. Entretanto, as consequências da partilha da África não se limitam apenas às questões econômicas. Elas também provocaram guerras civis entre povos diferentes, obrigados a conviver em um mesmo domínio dos europeus, e que perduram até os dias atuais. Outro problema advindo da partilha é o regime racista que se estabeleceu na África do Sul.

O início da descolonização da África
Esta ocupação prosseguiu até ao fim da Segunda Guerra Mundial, quando todos os estados coloniais foram obtendo gradualmente a independência formal, num processo que se chamou descolonização. Hoje, existem no continente mais de 50 países independentes, todos mantendo as fronteiras traçadas pelo colonialismo europeu, o que denota o quanto a interferência europeia se mantém até os dias atuais. Após a Segunda Guerra Mundial ocorrem movimentos de resistência e, apesar de muitas manifestações serem reprimidas com violência pelos colonizadores, o processo de independência das colônias europeias do continente africano verificou-se irreversível.






RESPOSTA CORRETA LETRA (B)

CLICK E LEIA SOBRE REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - Criação do Sindicalismo Europeu
pt.wikipedia.org (REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - Criação do Sindicalismo Europeu)
A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo em nível econômico e social. Iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX.
Ao longo do processo (que de acordo com alguns autores se registra até aos nossos dias), a era agrícola foi superada, a máquina foi suplantando o trabalho humano, uma nova relação entre capital e trabalho se impôs, novas relações entre nações se estabeleceram e surgiu o fenômeno da cultura de massa, entre outros eventos.
Essa transformação foi possível devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor. O capitalismo tornou-se o sistema econômico vigente.

A classe trabalhadora
A produção manual que antecede à Revolução Industrial conheceu duas etapas bem definidas, dentro do processo de desenvolvimento do capitalismo:
O artesanato foi a forma de produção industrial característica da Baixa Idade Média, durante o renascimento urbano e comercial, sendo representado por uma produção de caráter familiar, na qual o produtor (artesão) possuía os meios de produção (era o proprietário da oficina e das ferramentas) e trabalhava com a família em sua própria casa, realizando todas as etapas da produção, desde o preparo da matéria-prima, até o acabamento final; ou seja não havia divisão do trabalho ou especialização para a confecção de algum produto. Em algumas situações o artesão tinha junto a si um ajudante, porém não assalariado, pois realizava o mesmo trabalho pagando uma “taxa” pela utilização das ferramentas.
É importante lembrar que nesse período a produção artesanal estava sob controle das corporações de ofício, assim como o comércio também se encontrava sob controle de associações, limitando o desenvolvimento da produção.

A manufatura, que predominou ao longo da Idade Moderna e na Antiguidade Clássica, resultou da ampliação do mercado consumidor com o desenvolvimento do comércio monetário. Nesse momento, já ocorre um aumento na produtividade do trabalho, devido à divisão social da produção, onde cada trabalhador realizava uma etapa na confecção de um único produto. A ampliação do mercado consumidor relaciona-se diretamente ao alargamento do comércio, tanto em direção ao oriente como em direção à América. Outra característica desse período foi a interferência do capitalista no processo produtivo, passando a comprar a matéria-prima e a determinar o ritmo de produção.

Na esfera social, o principal desdobramento da revolução foi a transformação nas condições de vida nos países industriais em relação aos outros países da época, havendo uma mudança progressiva das necessidades de consumo da população conforme novas mercadorias foram sendo produzidas.

A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador braçal, provocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades. Criando enormes concentrações urbanas; a população de Londres cresceu de 800 000 habitantes em 1780 para mais de 5 milhões em 1880, por exemplo. Durante o início da Revolução Industrial, os operários viviam em condições horríveis se comparadas às condições dos trabalhadores do século seguinte. Muitos dos trabalhadores tinham um cortiço como moradia e ficavam submetidos a jornadas de trabalho que chegavam até a 80 horas por semana. O salário era medíocre (em torno de 2.5 vezes o nível de subsistência) e tanto mulheres como crianças também trabalhavam, recebendo um salário ainda menor.


A produção em larga escala e dividida em etapas iria distanciar cada vez mais o trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores passava a dominar apenas uma etapa da produção, mas sua produtividade ficava maior. Como sua produtividade aumentava os salários reais dos trabalhadores ingleses aumentaram em mais de 300% entre 1800 até 1870. Devido ao progresso ocorrido nos primeiros 90 anos de industrialização, em 1860 a jornada de trabalho na Inglaterra já se reduzia para cerca de 50 horas semanais (10 horas diárias em cinco dias de trabalho por semana).
Horas de trabalho por semana para trabalhadores adultos nas indústrias têxteis:
1780 - em torno de 80 horas por semana
1820 - 67 horas por semana
1860 - 53 horas por semana
2007 - 46 horas por semana

Segundo os socialistas, o salário, medido a partir do que é necessário para que o trabalhador sobreviva (deve ser notado de que não existe definição exata para qual seja o "nível mínimo de subsistência"), cresceu à medida que os trabalhadores pressionam os seus patrões para tal, ou seja, se o salário e as condições de vida melhoraram com o tempo, foi graças à organização e aos movimentos organizados pelos trabalhadores.


Movimentos
Alguns trabalhadores, indignados com sua situação, reagiam das mais diferentes formas, das quais se destacam:

Movimento Ludista (1811-1812)
Reclamações contra as máquinas inventadas após a revolução para poupar a mão-de-obra já eram normais. Mas foi em 1811 que o estopim estourou e surgiu o movimento ludista, uma forma mais radical de protesto. O nome deriva de Ned Ludd, um dos líderes do movimento. Os luditas chamaram muita atenção pelos seus atos. Invadiram fábricas e destruíram máquinas, que, segundo os luditas, por serem mais eficientes que os homens, tiravam seus trabalhos, requerendo, contudo, duras horas de jornada de trabalho. Os manifestantes sofreram uma violenta repressão, foram condenados à prisão, à deportação e até à forca. Os luditas ficaram lembrados como "os quebradores de máquinas".
Anos depois os operários ingleses mais experientes adotaram métodos mais eficientes de luta, como a greve e o movimento sindical.


Movimento Cartista (1837-1848)
Em seqüência veio o movimento "cartista", organizado pela "Associação dos Operários", que exigia melhores condições de trabalho como:
particularmente a limitação de oito horas para a jornada de trabalho
a regulamentação do trabalho feminino
a extinção do trabalho infantil
a folga semanal
o salário mínimo

Este movimento lutou ainda pelos direitos políticos, como o estabelecimento do sufrágio universal (apenas para os homens, nesta época) e extinção da exigência de propriedade para se integrar ao parlamento e o fim do voto censitário. Esse movimento se destacou por sua organização, e por sua forma de atuação, chegando a conquistar diversos direitos políticos para os trabalhadores.


As "trade-unions"
Os empregados das fábricas também formaram associações denominadas trade unions, que tiveram uma evolução lenta em suas reivindicações. Na segunda metade do século XIX, as trade unions evoluíram para os sindicatos, forma de organização dos trabalhadores com um considerável nível de ideologização e organização, pois o século XIX foi um período muito fértil na produção de idéias antiliberais que serviram à luta da classe operária, seja para obtenção de conquistas na relação com o capitalismo, seja na organização do movimento revolucionário cuja meta era construir o socialismo objetivando o comunismo. O mais eficiente e principal instrumento de luta das trade unions era a greve.




RESPOSTA CORRETA LETRA (C)







RESPOSTA CORRETA LETRA (C)

Conheça a importância da Constituição de 1934, que completa 75 anos
Conquistas trabalhistas, como salário mínimo, vieram com nova legislação.
Professor de história do COC explica as principais mudanças introduzidas.
Consequência direta da Revolução Constitucionalista de 32, a Constituição brasileira de 1934 completa 75 anos nesta quinta-feira (16).
Foi a segunda constituição republicana e a que menos durou em toda a história do país (somente por três anos), até uma nova outra constituição ser outorgada em 1937 por Getulio Vargas, transformando o presidente em ditador.
Apesar disso, a Constituição de 34 foi inovadora porque realizou mudanças progressistas, principalmente em relação à parte educacional e à legislação trabalhista, como a criação do salário mínimo e a redução da carga horária de trabalho para 8 horas diárias.
A nova lei eleitoral também permitiu a adoção do voto secreto e direto para todos aqueles maiores de 21 anos, incluindo as mulheres. Somente os analfabetos, soldados, padres e mendigos não poderiam ter direito ao voto.
Washington Simões, professor de história da unidade Paraíso do cursinho COC, em São Paulo, explica numa aula em vídeo as principais mudanças introduzidas pela Constituição de 32.



07/11/09 - 07h00 - Atualizado em 07/11/09 - 07h00
Saiba mais sobre o Estado Novo
Constituição de 37 foi característica importante desse momento.
Professor de história aborda ainda a consolidação das leis trabalhistas.
O período do Estado Novo corresponde à ditadura de Getúlio Vargas, de 1937 a 1945. Uma característica importante desse período foi a Constituição de 37.
“Essa Constituição foi inspirada na Constituição da Polônia, daí o apelido de Constituição Polaca, e centralizava demais o poder no Executivo, frente aos demais poderes”, explica o professor de história Jefferson Santos, do Sistema Elite de Ensino, em Rio de Janeiro.
É importante considerar que a Constituição de 1937 estabelece medidas como a censura e a pena de morte. Também vale destacar a participação de um órgão chamado de Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), criado no ano de 1939. O objetivo do DIP era censurar as críticas aos postulados do governo Vargas e também fazer a propaganda oficial do Estado e do Vargas, conhecido como o “pai dos pobres”.
No campo econômico, destaque para a política de fomento à industrialização. Vargas criou diversas estatais indústrias de base, que, como o próprio nome diz, tinham como objetivo dar base para futuras indústrias, como a indústria automobilística, implantada a partir da década de 50.
“Entre as indústrias mais importantes, destaque para a CSN, Companhia de Siderurgia Nacional, a Companhia Vale do Rio Doce e a Fábrica Nacional de Motores.”
Na década de 40, o Brasil participa da Segunda Guerra Mundial. Ainda nessa década, o Brasil negociava com os Estados Unidos um empréstimo de 20 milhões de dólares para a construção da CSN. Ainda por cima, o Brasil aproveitou a negociação para, em troca dos 20 milhões de dólares, oferecer a base aérea de Natal para que os EUA se instalassem na região em sua futura campanha na Segunda Guerra Mundial.
“Isso irritou o Eixo, o Adolf Hitler, e começaram os ataques de submarinos alemães a embarcações brasileiras. O Brasil, então, declara guerra do Eixo e participa com a Força Expedicionária Brasileira (FEB) e a Força Aérea Brasileira (FAB) nas campanhas na Itália, junto com os EUA e contra as tropas fascistas”, diz Santos.
O Brasil então participou da guerra ao lado da democracia e contra as ditaduras do Eixo. “Foi algo contraditório, porque no próprio Brasil havia uma ditadura.” Segundo o professor, a população percebeu isso e começou a exigir a redemocratização do país. Em 1945, é autorizada a formação de partidos políticos e são convocadas eleições presidenciais.
As iniciativas do Vargas não foram bem sucedidas, porque em 1945 ele foi derrubado por um golpe organizado pelo marechal Eurico Gaspar Dutra, que põe fim ao Estado Novo e dá início a um novo período conhecido como República Liberal Populista.










RESPOSTA CORRETA LETRA (A)

CLICK E LEIA SOBRE SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
pt.wikipedia.org (SEGUNDA GUERRA MUNDIAL)
A Segunda Guerra Mundial foi um conflito bélico ocorrido no Século XX, envolvendo as forças armadas de mais de setenta países, opondo os Aliados às Potências do Eixo.
A guerra começou em 1 de setembro de 1939 com a invasão da Polônia pela Alemanha e as subsequentes declarações de guerra da França e da Grã-Bretanha, prolongando-se até 2 de setembro de 1945.
Em estado de guerra total, mobilizou mais de 100 milhões de militares, e causou a morte de, aproximadamente, setenta milhões de pessoas (cerca de 2% da população mundial da época), a maioria das quais civis. Foi o maior e mais sangrento conflito de toda a história da Humanidade.
As principais nações que lutaram pelo Eixo foram: Alemanha, Itália e Japão . As que lutaram pelos Aliados foram, principalmente: Grã-Bretanha, França, União Soviética, Estados Unidos e China.
A guerra se encerrou com a rendição das nações do Eixo, seguindo-se a criação da ONU (Organização das Nações Unidas), o início da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética (que emergiram do conflito como super-potências mundiais) e a aceleração do processo de descolonização da Ásia e da África.


Consequências da Segunda Guerra Mundial

Desenvolvimento tecnológico
A tecnologia bélica evoluiu rapidamente durante a Segunda Guerra Mundial e foi crucial para determinar o rumo da guerra. Algumas das principais tecnologias foram usadas pela primeira vez, como as bombas nucleares, o radar, sistemas de comunicação por micro-ondas, o fuzil mais rápido, os mísseis balísticos, e os processadores analógicos de dados (computadores primitivos). Enormes avanços foram feitos em aeronaves, navios, submarinos e tanques. Muitos dos modelos usados no início da guerra se tornaram obsoletos quando a guerra acabou. Um novo tipo de navio foi adicionado aos avanços: navio de desembarque anfíbio (usado no Dia D).

MORTES
As estimativas para o total de vítimas da guerra variam, mas a maioria sugere que cerca de 72 milhões de pessoas morreram durante a guerra, incluindo cerca de 26 milhões de soldados e 46 milhões de civis. Muitos civis morreram devido à doenças, fome, massacres, bombardeios e genocídio. A União Soviética perdeu cerca de 27 milhões de pessoas durante a guerra, cerca de metade de todas as vítimas da Segunda Guerra Mundial. Do total de mortes na II Guerra Mundial, aproximadamente 85% estavam no lado dos Aliados (principalmente soviético e chinês) e 15% do lado do Eixo. Uma estimativa é que 12 milhões de civis morreram nos campos de concentração nazistas, 1,5 milhões por bombas, 7 milhões na Europa e 7,5 milhões na China devido a outros fatores. Os dados sobre o total de vítimas varia porque a maioria das mortes não foram documentadas.


Prisioneiros de guerra
Com a derrota e posterior separação da Alemanha, cerca de 3 mil civis alemães viraram prisioneiros de guerra tendo que trabalhar em campos de trabalhos forçados no Gulag, na Rússia. Apenas em 1950, os civis poderam ter a sua liberdade e voltar para a Alemanha.
Muitos dos prisioneiros de guerra alemães e italianos foram trabalhar na reconstrução da Grã-Bretanha e da França. Cerca de 100 mil prisioneiros foram enviados para a Grã-Bretanha e cerca de 700 mil para a França. Além disso, os milhares de soldados presos pelos soviéticos continuaram em cativeiro, diferentemente dos prisioneiros pelos aliados, que foram libertados entre 1945 e 1948.
No início dos anos 1950, alguns prisioneiros alemães foram libertados pelos russos, mas somente em 1955, após a visita de Konrad Adenauer à URSS é que os restantes prisioneiros ainda vivos foram libertados e retornaram a sua terra natal após até 14 anos de cativeiro.

O Holocausto

Avalia-se em 50 ou 60 milhões o número de pessoas que morreram em consequência da guerra. As perdas foram superiores na Europa Oriental: estimam-se 17 milhões de mortes civis e 12 milhões de mortes militares para a União Soviética, 6 a 7 milhões para a Polónia (primariamente civis), enquanto que na França o número rondaria os 600 000.
O Holocausto comandado pelas autoridades nazistas - inclusive como parte da "solução final" para o "problema judeu" - levaria ao genocídio, nos campos de concentração, de milhões de pessoas consideradas indesejáveis, dentre as quais, principalmente, os judeus, mas também membros da etnia cigana, eslavos, homossexuais, portadores de deficiência, Testemunhas de Jeová e dissidentes políticos. Milhares de prisioneiros foram usados como cobaias em diversas experiências, o que acarretou a propagação de doenças como tifo e tuberculose. Após a guerra, o Movimento Sionista valeu-se do horror mundial diante da divulgação do holocausto judeu, para obter a criação do Estado de Israel, na Palestina.


Danos materiais
Danos materiais
Os Aliados determinaram o pagamento de indenizações de guerra às nações derrotadas para a reconstrução e indenização dos países vencedores, assinado no Tratado de Paz de Paris. A Hungria, Finlândia e Romênia foi ordenado o pagamento de 300 milhões de dólares (valor baseado no valor do dólar em 1938) para a União Soviética. A Itália foi obrigada a pagar o correspondente a 360 milhões de dólares de indenizações cobrados pela Grécia, Iugoslávia e União Soviética.
No fim da guerra, cerca de 70% da infra-estrutura européia estava destruída. Os países membros do Eixo tiveram que indenizar os países Aliados em mais de 2 bilhões de dólares.
Com a derrota do Eixo, a Alemanha teve expressivos recursos financeiros e materiais transferidos para os Estados Unidos e a União Soviética, além de ter as indústrias bélicas desmanteladas para evitar um novo rearmamento.


Territoriais
As transformações territoriais provocadas pela Segunda Guerra começaram a ser delineadas pouco antes do fim desta. A Conferência de Ialta (4-12 de Fevereiro de 1945) teria como resultado a partilha entre os Estados Unidos e a União Soviética de zonas de influência na Europa. Alguns meses depois a Conferência de Potsdam, realizada já com a derrota da Alemanha, consagra a divisão deste país em quatro zonas administradas pelas potências vencedoras. No lado Oriental, ficaria a administração sob incumbência da União Soviética e, no lado Ocidental, a administração ficaria sob incumbência dos Estados Unidos, França e Inglaterra, tendo estas duas últimas desistido da incumbência.
A Itália perderia todas as suas colónias; a Ístria acabaria por ser integrada na Jugoslávia, tendo também sofrido pequenas alterações fronteiriças a favor da França.
O território da nação polaca desloca-se para oeste, integrando províncias alemãs (Pomerânia, Brandemburgo, Silésia), colocando a sua fronteira ocidental até aos cursos do Oder e do Neisse. A URSS progrediu igualmente para oeste, graças principalmente à reversão das perdas territoriais sofridas pelo Pacto de Brest-Litovsk: houve a criação da República Socialista Soviética da Bielorússia (numa área de maioria étnica bielorussa, mas que havia sido concedida à Polônia), e também a ampliação da Ucrânia, que também havia perdido território, duas décadas antes, para a Polônia.
O Japão teve que abandonar, de acordo com o estabelecido no acordo de paz de 1951 com os Estados Unidos, a Manchúria e a Coreia, além dos territórios que havia conquistado durante o conflito. Nos anos 1970, os Estados Unidos devolvem Okinawa ao Japão.

Políticas

No plano político, a Segunda Guerra Mundial produziu, entre outros, os seguintes resultados:
O esmagamento dos imperialismos alemão, italiano e japonês;
O enfraquecimento dos imperialismos inglês e francês;
Ascensão dos Estados Unidos como potência imperialista hegemônica no mundo;
Ascensão da URSS como potência militar dominante na Europa Oriental;
Ascensão dos movimentos de libertação nacional nos países explorados pelo colonialismo europeu, em alguns casos combinando nacionalismo com revolução social (como na China);
Deflagração da Guerra Fria, como um teste de força entre os Estados Unidos e a União Soviética;
Fundação da Organização das Nações Unidas, em Junho de 1945, em substituição à Sociedade das Nações.
Uma das razões apontadas para o fracasso da Liga das Nações seria a igualdade entre países pequenos e grandes, bloqueando o processo de tomada de decisões. Valendo-se desse discutível argumento, as potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial reservaram-se um papel de destaque e domínio dentro da ONU, através de assento permanente no Conselho de Segurança, onde possuem direito de veto. Os outros membros do Conselho são seis países eleitos rotativamente (sem poder de veto).


Herança humana
A herança de destruição deixada pela Segunda Guerra Mundial foi assombrosa. Além das mortes causadas, direta ou indiretamente (fome e doenças), pelo conflito, dezenas de cidades foram arrasadas, inúmeras florestas desapareceram, e milhares de hectares de terras cultiváveis foram transformados em desertos, em proporções nunca vistas desde a Guerra dos Trinta Anos.
Mas o pior foi a devastação causada ao comportamento humano. Violência bárbara e desrespeito generalizado aos mais elementares direitos humanos - sobretudo o direito à vida -, disseminaram-se numa escala bem maior do que se viu durante e depois da Primeira Guerra Mundial, e cujos exemplos mais gritantes foram os Holocaustos nazistas, o Estupro de Nanquim e as bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki.
Recursos materiais volumosos, capazes de alimentar, vestir e educar milhões de seres humanos, que vivem na linha da pobreza (ou abaixo dela), foram desperdiçados para fins puramente destrutivos.

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